Janela é algo simples em nossa sociedade. As casas geralmente as têm. Se não me engano eram escassas no antigo Oriente, algo só para pessoas mais ricas. Agora, já não são mais, a maioria ou todos já têm.
Janelas são quadros em movimento. São vitrines da vida e da movimentação. Janelas são recantos de saudades, salas de conversa ou divãs existenciais. Através delas vemos vida a passar, os garotos da rua brincarem. As moças andam de bicicleta, os rapazes vão a pé e até de moto. E porque não as moças também?
Através delas vemos as nuvens que se aproximam para despejar sobre as “caixas” dos humanos mais chuvas. Através da janela contemplamos os constantes movimentos que Deus faz no Seu céu. Como um Pintor que faz e refaz sua pintura, as janelas nos fazem ver novos quadros de Deus, que mudam sempre, a toda hora.
As janelas nos mostram igrejas, cruzes, pessoas, prédios, montanhas, serras, carros. Nela conversamos com amigos sobre a grandeza do mundo em nossa volta, e lembramo-nos de várias fases da vida.
Nas noites mais escuras as janelas nos mostram um céu às vezes límpido, com estrelas, aviões e aquelas luzes no final das antenas. Ou somente o negrume da noite, o som das cidades, das casas, das conversas; nela, quando a luz falta, vemos a pupila se esforçando para enxergar tudo com mais nitidez.
As janelas são pontos de esperança, nos levam a reflexão, nos assustam nos fazem frágeis. Nela contemplamos uma infinitude de coisas, falamos muitas outras e não se damos conta de que ali nossa história também é feita.
Essas janelas só são percebidas por causa das janelas dos olhos, da visão. Essas nos influenciam e podem levar-nos aonde, limitadamente queremos. Que o nosso olhar se já luz para que todo o corpo seja luminoso. Do contrário, só seremos trevas (Mateus 6.22-23).
Que nossa janela seja aquela que nos mostrou a cruz em cima da igreja, num pôr-do-sol alaranjado, nos alegrando o coração! Falo de um amigo que tinha essa visão e que me convidou para vê-la e alegrar meu coração!
NA TRINDADE,
Andrei C. S. Soares.
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