Ressonância de Ouro



            Pela graça de Deus cheguei (27/12/10) à ressonância de número 50. Desde que comecei esta série de textos às pessoas, tenho me alegrado muito em escrever. Para mim, escrever faz parte de minha missão. Escrever cartas pessoais é algo meio doutrinário para minha vida.
            Sinto-me agraciado por Deus por me dar a capacidade de organizar minhas limitadas percepções de Deus, meus mais sinceros sentimentos com respeitos aos outros e sistematizar muito conteúdo de qualidade que encontro naqueles a quem já escrevi.
            As ressonâncias se tornaram “fugas” em determinado momento, pois ao escrevê-las, me vi inserido em outras realidades. Paralisei muito do que estava vivendo para dedicar tempo aquilo que mais agitava meu coração: a vontade de escrever.
            E assim, com papel e caneta, surgiu a série: ressonâncias da amizade. Ao me lembrar destes textos, me lembro de forma limitada, de todos os sentimentos que nelas estavam envoltos. As ressonâncias me ajudaram a ser mais sentimental e exercitar de alguma forma todo o sentimento que existe no coração.
            O coração pulsava forte a cada ideia que nascia. A cada lágrima que motivava a escrita e a expectativa gerada pelos momentos. E assim as ressonâncias surgiam das mais variadas situações: alegrias, celebrações, tristezas, dúvidas, incertezas, aniversários, descobertas, orações e tudo mais. A lembrança sempre motivava a escrita, a ideia de se deixar sempre a presença da amizade é algo que sempre me levou a escrever.
            Se amizade é conhecer o coração por dentro, as ressonâncias são lampejos da parte interna do coração. Elas ajudam a registrar os mais internos sentimentos, tanto meus como daquele que recebe os textos. Afinal, como disse um amigo meu: o coração desce para o pulso, e ai os textos tornam-se bem lá de dentro.
            Ressonâncias da amizade para mim é uma espécie de ministério. É compromisso com o outro. É a entrega daquilo que em mim foi gerado pelo outro. Com elas organizo e distribuo cada colaboração, que cada pessoa importante tem dado a minha jornada. Nela encontro mais uma forma de dizer: “Eu te amo em Cristo”, e assim passo a crescer como ser humano em Cristo!
            As ressonâncias me ensinaram que nunca devemos dar presentes com a pretensão de receber. Em primeiro lugar, porque doar é algo obrigatório para todo ser humano, visto sermos imagem e semelhança de um Deus doador. Em segundo lugar, pois nem todos demonstrarão seus sentimentos da mesma forma que você. Elas me mostraram que ao doar tempo e dedicação paga-se um preço, e que só sendo desprendido é que de fato doar transcende qualquer abstração. E vivendo desprendidamente doar passa ser prazer como outrora disse o Carpinteiro de Nazaré: “É mais feliz quem dá do que quem recebe” (At 20.35 NTLH).
            As ressonâncias me abriram a porta para de fato ser menos egoísta e mais doador. Questionaram-me, pois acho que já escrevi com a pretensão de dizer que realmente devia ser considerado alguém de significado. As ressonâncias me ajudaram a ver Deus nas pessoas e assim registrar pequenos vislumbres de Sua manifestação ilimitada em pessoas limitadas.
            Como gosto de no início do dia quando penso no que escrever. Como é bom sempre tirar um tempo para poetizar, parar, pensar e organizar os belos conteúdos que Deus me dá para escrever. Esses conteúdos sempre são as pessoas que Deus me deu.
            As ressonâncias sãos reflexos muito distantes, defeituosos e limitadíssimos dos elogios entre os Membros da Comunidade Eterna. Vale a pena tentar demonstrar o que de fato de bom e sincero existe em nós sobre outras pessoas. Vale a pena arrancar o que de belo está escondido, em nosso enganoso coração.
            Se existe beleza nos textos são os toques dos Três. É a influência da Ressonância Sagrada, que com sessenta e seis textos, expressam uma confiança plena, autoritária e transformadora, afinal Seu autor é o Espírito. Nela encontro à forma correta de dizer eu te amo, de ferir para curar e de responder as dúvidas, e quando não, calar os ânimos e esperar.
            Que as ressonâncias sejam maçãs de ouro em salvas de prata (Pv 25.11). Que elas continuem a alimentar, a curar, a direcionar e claro a manifestar limitadamente o Amor ilimitado.
            Ressonâncias da amizade é o meu primeiro livro. Cujos originais não tenho e muito menos as cópias. Ressonâncias é minha obra escrita não de ideias minhas, mas de influencia divina, tirada de pessoas fracas e insubstituíveis como você. Para mim é uma realização, um sonho.
            Você pode até está pensando o que se ganha com isso: o maior prêmio é poder escrever sobre Deus e Suas criaturas. O maior salário é que as pessoas percebam o que tem dentro de si, gerado pelo Evangelho, e do que, portanto podem doar aos outros. O pagamento são os sorrisos, as lágrimas e o jeito desajeitado de muitas vezes como escrevo, e de muitas vezes como se recebi.
            Posso dizer que tudo isso de bom vêm de Deus (Tg 1.17). Não que meus textos sejam bons, mas que a oportunidade de escrevê-lo é dádiva do Pai. Como é bom poder perceber, sentir e assim registrar. E concerteza, continuarei minha missão, de escrever ressonâncias, de envia-las, de ler ao telefone, de guarda-las no coração.
            Assim, ao escrever mais esta ressonância, a primeira na era digital, gostaria de dedicá-la a todos. A todos vocês que viraram meus conteúdos, pautas e roteiros. Obrigado por compreenderem este gesto que dentro de mim foi dado por Deus, e que representa tanto para minha autorrealização. Sem egoísmos, pretensões e dogmatismos.
            Obrigado, vocês valem mais do que o ouro. Que o Deus Trino continue a entrelaçar nossos corações, pois só Eles Três podem produzir este tipo de busca e demonstrações. Amo vocês em Cristo,
                                                           Na Trindade,
                                                                       Andrei C. S. Soares.

  

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