Segundo o dicionário Aurélio, a palavra sacro, dentre alguns significados quer dizer: sagrado. No mesmo dicionário encontramos a palavra heterossexual, e fala sobre o indivíduo que pratica o ato sexual com pessoas do sexo diferente. A soma das duas palavras, diz que a relação heterossexual é sagrada, ou seja, é a escolha de Deus para os seres humanos.
No jardim da abundância, de vida e liberdade, Deus fala:“E o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher” (Gn 2.24), é o pronunciamento de Deus após o detalha- mento da criação da mulher. Neste texto do Gênesis, Deus então legaliza o primeiro casamento da história: entre Adão e Eva. O fato de não existir o pecado, nos diz que a Santidade advinda de um Deus santo, nos passa a idéia de que esta relação é santa, portanto se encaixa nos padrões morais de Deus.
Em primeiro lugar, Vemos que Deus é a favor da relação heterossexual, entre um homem e uma mulher: “(...) o homem (...) se unirá a sua mulher”. Há uma liberdade que não existe em outra forma de relacionamento amoroso. Lembremos que esta sentença de Deus é dada antes do pecado, portanto, há uma completa aprovação de Deus aos que desejam se unir heterossexualmente.
Em segundo lugar, Vemos que Deus deseja que o homem se responsabilize pela relação quando encontra sua “cara” metade: “(...) deixará pai e mãe”. Como diria o ditado popular: “quem casa, faz casa”, não existirá uma privação da parentela, mas o ideal é que uma vez encontrada a pessoa amada, após o casamento, os dois (homem e mulher), morarão juntos. Devem assim ter uma vida privada, dedicada um ao outro.
Em terceiro lugar, Vemos Deus desejando que essa relação seja monogâmica, ou seja, tanto homem como a mulher devem ter apenas um parceiro:o homem uma mulher e a mulher um homem: “(...) se unirá a sua mulher”. Na idéia primordial de Deus não há espaço para bigamia ou poligamia, mas sim para a entrega de um para o outro.
Apesar de vermos vários casos de personagens bíblicas terem se unido com várias pessoas, no Novo Testamento vemos a ênfase na monogamia, como disse Paulo: “Esposa, obedeça ao seu marido, pois é o que você deve fazer por ser cristã. Marido, ame a sua esposa e não seja grosseiro com ela.” (Cl 3.18-19 NTLH). O casamento com várias pessoas não é autorizado pelo Antigo Testamento, o que vemos é a prática da sociedade da época, não uma autorização da revelação divina.
O Senhor Jesus, a “fonte do amor”, também era a favor da relação heterossexual. Ele repete as palavras do Antigo Testamento e acrescenta: “Assim já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu.” (Mt 19:6 NTLH). Vemos beleza e santidade na heterossexualidade. No amor entre um homem e uma mulher, com Deus no centro, temos a certeza de que essa relação será para a glória de Deus e benéfica para o próximo. A relação heterossexual, é celebrada em toda a Bíblia, tendo o livro de Cantares como um poema de amor!
A relação heterossexual é uma relação complexa, devido a entrada do pecado no mundo (Gn 3.16). Ela é uma relação misteriosa como disse o sábio: “Há quatro coisas misteriosas que eu não consigo entender: [entre elas], (...) o amor entre um homem e uma mulher.” (Pv 30.18-19 NTLH). Ela é uma relação que deve ser valorizada: “Que o casamento seja respeitado por todos, e que os maridos e as esposas sejam fiéis um ao outro. Deus julgará os imorais e os que cometem adultério.” (Hb 13.4 NTLH). NA TRINDADE, Andrei C. S. Soares.
[fotos: Casamento de Roberson e Heloisa (casal amigo). Direitos Reservados de Imagem].
Comentários
Postar um comentário