Baixa auto-estima espiritual

Você é líder de uma igreja e planeja fazer uma vigília. Vê que as pessoas, juntas a você, necessitam de passar algumas horas em oração. Então, você imagina, é só marcar o dia, ou melhor, à noite, para que possam buscar ao Senhor de todo o coração! Seus irmãos espirituais e você, juntos a noite inteira na presença do Senhor.
Mas de repente, algumas “exigências” são feitas. Eis o que se ouve: “Vamos convidar a irmã ‘fulana’ de tal, ela é muito usada por Deus”. E prosseguem: “Pastor tal deve estar aqui, ele tem discernimento espiritual”. E complementam: “Os crentes de tal igreja não podem faltar, eles são do ‘fogo’!”. Embora essas idéias não pareçam tão claras nas horas de tais declarações, as mesmas preocupam os lideres dessas comunidades espirituais.
Você o líder, não tem “super-poderes”, mas acha estranho os comentários, pois se tratam de pessoas salvas em Jesus Cristo. Percebe então, que alguns crentes sofrem de baixa auto-estima espiritual. Crentes que, não por maldade, muitas vezes esquecem-se do dom que há neles! (2 Timóteo 1.6).
Ás vezes parece que carecem de outros “mediadores”, esquecendo-se da suficiência de Cristo (1 Timóteo 2.5). Esquecendo-se que o véu do templo rasgou-se. O líder então, com muita luta, deve levá-los a visão do sacerdócio de todos os santos, um dos pontos resgatados pela Reforma Protestante de 1517. Isso é a redescoberta do que diz Apocalipse 1.5b-6a: “(...) Àquele [Jesus] que nos ama e nos libertou dos nossos pecados pelo seu sangue, e nos constituiu reino e sacerdotes para Deus, Seu Pai (...)”.
Pela cruz do Senhor, por meio de Seu Sumo Sacerdócio, podemos louvar a Deus, nosso Pai! (Hebreus 13.15). Podemos então, achar graça ante o trono da Majestade celestial (Hebreus 4.16).
Dessa maneira, podemos também, todos os que creem em Jesus, recebermos mais Dele. Podemos receber mais do Seu Espírito. Como Ele disse: “Se vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo aos que o pedirem” (Lucas 11.13).
Não há um grupo seleto, especial, todos são chamados por Deus! Todos podem, Poe meio de Jesus: orar, falar em línguas espirituais ou profetizar. Não há necessidade de chamar “fulano” ou “cicrano”, mas devemos nos alegrar em buscar o Senhor. Vamos, animemo-nos, afinal: “(...) a manifestação do Espírito é dada a cada um para benefício comum” (1 Coríntios 12.7).
Façamos nossas vigílias sem ter a necessidade de “terceirizar” nossa participação. Não joguemos aos outros o que devemos fazer, afinal: “Vocês me procurarão e me encontrarão quando me procurarem de todo o coração. É verdade, diz o SENHOR, vocês me encontrarão! Eu me deixarei ser encontrado por vocês, diz o SENHOR (...).” (Jeremias 29.13-14a).
 Na Trindade, Andrei C. S. Soares

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