Um tiro a “queima roupa”, as costas de Paulo e a oração sacerdotal de Jesus.

Revoltado por não ser a primeira vez que iria ser assaltado, também não pela primeira vez Paulo reagiu (nunca faça isso), derrubando os rapazes. Foi então que ele correu e também que um dos rapazes atirou. Numa curva, num tiro bem perto, Paulo sentiu algo como “queimando” nas costas (ver foto acima).
Após o tiro os rapazes sumiram e deixaram em Paulo as marcas de um mundo violento. Em direção a minha casa, Paulo pára, pega na costa, tem em sua mão sangue e uma resposta a sua pergunta: realmente tinha sido atingido. Subindo em um moto táxi, ele vai em direção a casa de minha mãe. Quando chega lá meu irmão está no pátio pronto a sair, quando Paulo chega avisando que pegou um tiro.
Meu irmão, logo nos avisa sobre o tiro que Paulo levou. Eu estava na sala de casa neste momento, tentando interpretar o que havia acontecido, onde estava a bala e que desfecho tudo iria tomar. Aí meu irmão e minha cunhada (Cezar e Priscila) foram atrás de Paulo no posto de saúde, para ver como estava nosso irmão.
Ficamos nervosos e atordoados, a sogra de Paulo ligou e falou com ele. Ele estava à caminhando do Pronto Socorro Municipal, no centro da capital paraense. Priscila chegou lá (no posto do bairro) e foi junto, meu irmão voltou para casa nos avisando que a bala não entrou e que o tiro tinha sido apenas de raspão.
Colocamo-nos em oração diante do Pai e clamando pela Sua misericórdia. Depois de alguns minutos a notícia foi confirmada pela equipe do SAMU (Serviço Ambulatorial Móvel de Urgência): “o tiro só foi de raspão”. Entre o assalto, o tiro, o atendimento, e o retorno de Paulo passaram-se mais ou menos 1h30h. Para glória de Deus nosso amigo e irmão estava bem!
Voltemos ao momento de oração. Entre choros e lágrimas lemos a palavra, o Salmo 46 foi nosso norte no momento de clamor. Deus é nosso refúgio, nosso forte castelo! Na hora da oração ouvimos o clamor de todos que estavam ali na sala de casa.
Uma coisa nos veio a memória na hora desta prece, a oração sacerdotal de Jesus, aquela famosa oração de João 17. E exatamente o versículo 15:
“Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.” Parece que ouvi Jesus falado ao Pai no céu: “hoje é dia de responder a minha oração, o mal tentará mais um dia algo contra um de seus filhos e meu irmão”.
Com certeza, neste dia Deus protegeu o Paulo. Com certeza neste dia, Deus respondeu a oração de Jesus na vida do Paulo e na vida de milhões de outras pessoas que não sabemos ou conhecemos.
Apesar de não estarmos imune ao mal e nem sempre isso acontecer até mesmo com quem é crente, a melhor forma de viver a vida neste mundo mal é viver para Deus. É temer o Senhor. É habitar a sombra das asas de Deus (Salmo 90). Quando nos entregamos a Jesus, como Paulo fez, temos a oração dele sobre as nossas vidas, além de Sua constante presença e proteção sobre cada um dos filhos de Deus.
O tiro ficou entre a coluna de Paulo e sua mochila, deixando apenas com um ferimento nas costas, em resposta a oração que Jesus fez a mais de 2 mil anos atrás, mostrando o que nos fala a Palavra de Deus: “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre.” (Hebreus 13.8).
NA TRINDADE,
Andrei C. S. Soares.
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