Deus, meu tênis e eu: na saga do ENEM 2011 (1º dia)

Hoje sábado, dia do Senhor (Êx 20.8-10) foi mais um dia de escola Bíblica, mas uma escola atípica. Poucas pessoas, devido uma forte chuva, depois disso, hora de se preparar para outro momento atípico no sábado: a prova do ENEM. Antes de ir, vale fazer aquela prece entregando as faculdades ao Senhor. Admito que não orei o suficiente se existe, afinal de contas não estudei, não me preparei! Digo isso porque já pensou se pedisse a Deus em oração: “Senhor, estou aqui pela graça de Cristo! Sou filho Teu, comprado pelo Sangue de Teu Filho e habitado pelo Espírito. Senhor, mesmo que não tenha estudado como milhares de outras pessoas, o Senhor tem que me abençoar, afinal, sou Teu filho, sou filho de Rei.” Eh, não tive coragem de orar assim, por não ter me esforçado, e jamais oraria assim, isso é tolice! Antes orei assim (mais ou menos, para não perder a salvação): “Senhor obrigado pela graça de Jesus, peço que o Senhor me abençoe nesta prova de hoje. Senhor, não estudei, mas naquilo que absorvei de conteúdo através das atualidades e do conhecimento (pouco) acumulado no ensino médio, me ajude. Ah e ajude todos os que estudaram, crentes e não crentes! Obrigado por tudo. Amém!”. Mesmo se estivesse estudado, ralado e sofrido, creio que isso não me daria o direito de fazer reivindicações diante do Pai como muitos fazem! Creio que o Senhor me abençoou!
Ah, outro personagem desse dia atípico, foi meu tênis novo: “obrigado mãe por enxergá-lo na prateleira e me
dizer”. Esse tênis é daqueles: bom, bonito e barato. Foi à estréia dele. E como todo sapato novo, tive aquele estranho sentimento de desconforto. Ele parecia maior que o meu pé, e nada de muito a ver comigo. Sem falar dele saindo, e de mim, sempre a olhá-lo!
Eu estava nervoso. Foi minha volta à sala de aula. Depois de alguns anos, a gente voltou a fazer uma dessas grandes “provas” da vida. Quando cheguei à escola ainda faltavam alguns minutos para começar. Tinha pouca gente, e como sempre, de modo á brasileira, pertinho do término do tempo alguns se arriscaram a chegar!
A prova começou. Peguei a prova de cor branca. Algumas coisas eu sabia, outras não fazia a idéia. Mas muitas questões eram completamente fáceis e outras sem chance (para quem não estudou) de interpretação. Mas essa verdadeira “aventura” nas 90 questões do primeiro dia me fez lembrar aquele tempo de estudante quando a gente ta pensado ainda o que ser da vida.
Ah, e me lembrei do seminário, do Mateus e do Alex: “do Mateus me lembrei na questão 50 que falava da produção de cana-de-açúcar em Ribeirão Preto-Sp, cidade onde o Mateus nasceu. E do Alex lembrei-me na questão 50, que falava de uma cidade do Recôncavo da Bahia, que produz farinha e devia ter cuidado com o desmatamento”.

Como missionário hoje, foi um dia atípico. Um dia em que o coração bateu forte. Em que risos saíram tímidos na sala por questões fáceis da prova, e expressões faciais minhas abismadas mostrando um sentimento de surpresa por questões que eu não tinha a mínima idéia. Mas valeu, foi um dia legal: com Deus, meu tênis e o ENEM. Amanhã tem mais!

NA TRINDADE,
Andrei C. S. Soares

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