Com certeza Martinho Lutero foi um vaso usado nas mãos do Senhor, ele tirou com o poder do Espírito Santo, a igreja de épocas de obscuridade religiosa. Esse rapaz dedicou o restante de sua vida a defender a “salvação pela fé em Cristo”.
Não é possível que pensemos que Lutero não tinha erros, como qualquer um de nós ele cometia falhas. Veja o que o reformador disse para outro reformador chamado Ulrico Zuínglio, quando discordava de algumas posições dele: “Suma, fanático estúpido, com suas idéias imprestáveis! Se você não consegue pensar em termos diferentes e superiores a esses, fique sentado ao lado do fogão para cozer maçãs e pêras e esqueça desses assuntos” . Podemos ver a fragilidade de Lutero com as palavras e seu estilo “pavio curto”.
Isso para nós é uma parábola viva, pois Deus pode também nos usar. Assim como Tiago (5.17), inspirado pelo Espírito disse: “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu.”, ou seja, Deus pode usar de maneira grandessíssima a todos nós! Quantas vezes nos perguntam: “Você não acha que a igreja brasileira precisa de uma reforma?”, e muitos de nós analisamos e respondemos: “Sim, existe tanta coisa errada, tantas doutrinas estranhas, tantas invenções. Tomara que Deus levante um Lutero!”. O engraçado, é que temos a respostas para a crise, a análise da situação. Então pense: “Não seríamos nós os ‘Luteros’ da nossa geração? Será que Deus não permitiu que fizéssemos esta leitura para colaborarmos num processo de aperfeiçoamento do povo de Dele?”.
Bom, a verdade é que se você sentiu ou entendeu algum incômodo santo, seja possível que Deus o esteja despertando para uma obra maior de reforma e reavivamento espiritual. Por isso, que todos possam olhar para o acontecimento de 31 de outubro de 1517, e pedirmos que Deus nos use. Que Ele nos dê disposição, coragem e ousadia para fazermos Sua vontade. Sabemos que as lutas virão, os inimigos se levantarão, a vida parecerá ruir, mais “Castelo forte é o nosso Deus!”.
Podemos ser canal de Deus para uma reforma em nossas comunidades locais, nos comprometendo com o Deus da obra e com um envolvimento nas atividades da igreja. Quem é reformado não sente o desejo de voltar à igreja de Roma, mas prossegue em conhecer o Senhor! (Oseias 6.3). Que Deus nos desperte e nos faça amantes de Sua Palavra e dependentes de Sua graça. E que Jesus Cristo seja de fato nosso Senhor e Salvador. E assim, que possamos “colocar para fora” o reformador (a) que foi colocado dentro de nós!
NA TRINDADE, Andrei C. S. Soares (andreicssoares@hotmail.com)
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