Sobre cartas, eleições e interpretações
Em épocas de eleição, de “disputa” de cargo, tem gente que perde a amizade, mas não perde o poder! Assim como tem pessoas que passam a “depender” desse período eleitoral, outras pessoas até inventam coisas que não existem. Neste período, muitos enxergam “chifre em cabeça de gato” e criam muitas coisas!
Certa história é para nós parábola: “o missionário e a carta”. Em certa programação estava certo missionário que recebeu certa carta de certo pastor. As primeiras impressões que temos desta atitude, é que se trata de algo normal. Não dos que são “viciados” em eleições.
Pois bem, continuando a história, certa pessoa viu este certo pastor, dando o envelope para certo missionário, e sua interpretação foi logo: “Com certeza é um convite para que este missionário faça parte da chapa deste pastor”. O problema é que esta certa pessoa não guardou sua certa cogitação para si, mas espelhou sua interpretação. Mas como pode, não vê o que está escrito na carta, e achar que se trata de um convite político? Como pode alguém se prestar a tal serviço? Como pode alguém fazer tal interpretação?
Isso não é novidade não, em todas as eras sempre alguém não soube interpretar o que viu e/ou ouviu. Vejamos o que aconteceu com o discípulo Pedro: “Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: Senhor, quem é o traidor? Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: E quanto a este? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me. Então, se tornou corrente entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não morreria. Ora, Jesus não dissera que tal discípulo não morreria, mas: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?” (João 21.20-23).
Em primeiro lugar, analisamos o cuidado quanto ao que falar com o Senhor. Pedro queria saber o que iria acontecer com o discípulo amado (provavelmente João, o autor do Evangelho). Jesus lhe dá uma resposta que parece irônica, entretanto precisa ser dada quando se trata de uma preocupação desnecessária de Pedro.
Por isso devemos saber o que falar, quando falar e a quantidade de palavras à falar. Muitas vezes nossos maiores sofrimentos são causados pela língua (ver: Tiago 3.1-12). Por isso o sábio nos aconselha: “Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras.” (Eclesiastes 5.2).
Em segundo lugar, analisamos o cuidado para interpretar a Palavra do Senhor. Pedro e os discípulos interpretaram errado o que Jesus disse à eles. O fato de Jesus ter falado que o discípulo amado poderia ficar vivo até Sua volta, gerou um clima de que tal discípulo não morreria. Mas o que Jesus disse, é que Sua vontade poderia fazer João viver tanto tempo até a vinda Dele.
Veja como o discípulo ainda era imperfeito. Pedro saíra de uma restauração feita pelo Senhor e ainda continua imperfeito. Sem entender tudo. Precisamos respeitar o que Deus diz. Precisamos respeitar o que o texto bíblico fala. Precisamos interpretar a Bíblia pela Bíblia. Abaixo a “eixegese” (colocar no texto)!
Se o Espírito não tivesse mudado Pedro, talvez ele não tivesse dito isso: “e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles.” (1 Pedro 3.15-16). Veja que o apóstolo reconhece alguns pontos difíceis em outras partes das Escrituras, mas que só são interpretadas erradamente por quem é ignorante, ou seja, sem sabedoria espiritual. Porém, Pedro mudou! O Espírito lhe guiou em toda verdade! (João 16.13).
Precisamos pedir direção do Espírito para entender o que Deus está nos falando. Precisamos ser mais fiéis a Palavra escrita. Precisamos de sabedoria e entendimento celestial (ver: Tg 1.5-8).
Ah, e sobre o missionário que recebeu certa carta de certo pastor? O que será que era? Era apenas um convite para que a igreja que o missionário tomava conta participasse do evento. Não tinha nada a ver com propostas políticas.
NA TRINDADE,
Andrei C. S. Soares
(Foto: Internet)
(Foto: Internet)
Pessoas interpretam, errado e agem de forma errada.
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