A morte que nos lembraremos no Céu




(parte 5)

Como foi para você o ano de 2011? Você perdeu alguém próximo, alguém que você conheceu ou então alguém que mesmo sem conhecer você admirava? Nosso mundo, desde o pecado original (veja Gênesis 2.15-17; 3.19), nunca mais foi o mesmo, pois a partir da desobediência do primeiro casal, dentre tantas maldições, ficamos sujeitos a morte (veja, Romanos 5.12).
         E desde então a dor da morte toma conta de nossa história terrena. A morte nos separa de quem amamos. O momento de morte é dolorido, porque morrer às vezes é custoso e traumático. Às vezes esperamos a morte de quem está em tratamento de uma doença grave no hospital ou sem percebermos uma situação leva uma pessoal em um acidente. Nosso mundo é cheio de imprevistos e por alguns momentos não nos dá o direito da despedida como desejaríamos.
         Outra parte disso tudo que mexe conosco é o funeral e o enterro. No funeral, passamos as últimas horas observando aquele que faleceu. É a despedida, a última homenagem. Algumas conversas sobre o que aconteceu e como se está mediante aquela situação. A outra parte é a hora do caixão sair de casa, o momento em que se sabe que dali para frente só ás fotos e a memória, se lembrarão da pessoa que partiu.
         Mas deve haver uma esperança diante da morte, e há! Desde que Jesus Cristo veio ao mundo às coisas mudaram, as expectativas são outras para aqueles que morrem em Cristo! Em Jesus as coisas mudam: “Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom da graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos.” (Romanos 5.15), em Cristo somos justificados dessa condenação em que pecamos no princípio, pois Adão e Eva eram nossos representantes. Se isso parece ser injusto, o ato de graça também, porque merecíamos a morte eterna, mas o Pai em Sua graça mandou Seu filho para nos salvar do pecar e da morte eterna!
         Todos os que são declarados inocentes (justificados) quando crêem em Cristo se tornam filhos de Deus, como diz João: “Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus,” (1.12 NVI). Daí por diante, com a pena da condenação do pecado paga diante do Pai, por se acreditar em seu Filho Jesus, a pessoa salva é conduzida e habitada pelo Espírito Santo e passa a viver em santificação, onde está sendo liberta do poder do pecado, pois não serve mais a carne, mas a Deus.
         Claro que Sua luta não cessa afinal uma luta acontece dentro do salvo em Jesus: “Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam.” (Gálatas 5.17 NVI). Para vencermos (o que não é fácil, mas possível) temos que nos submeter ao Espírito e viver como filhos de Deus para alcançarmos a glorificação, que acontecerá na vinda de Jesus, ou seja, quando estivermos com o Senhor não mais viveremos na presença do pecado como ainda vivemos, porém em Cristo, o vencemos porque o pecado não é mais o “patrão” de nossas vidas.
         Entretanto, mesmo na condição de filhos de Deus, ainda morremos, porém uma certeza temos: “Pois da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados. Mas cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem.” (1 Coríntios 15.22-23 NVI). Essa é a certeza que temos, os que morreram em Cristo, quando Ele voltar, serão ressuscitados! Glória a Deus! Seu pai, sua mãe, irmãos, amigos, todos os que morrem como filhos de Deus serão ressuscitados por ocasião da vinda do Senhor (veja, 1 Tessalonicenses 4.13-18)!
         Aí então a saudade cessará. Veremos novamente nossos entes queridos que dormiram no Senhor, e nada mais nos separará! Depois do período de mil anos no céu em que os salvos (os que morreram em Cristo e os vivos em Cristo na vinda de Jesus) passarão com o Cordeiro (veja, Apocalipse 20), novos céus e nova terra existirão, e veja o que a Bíblia nos confirma: “Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou”. (Apocalipse 21.4 NVI).
         Talvez você se pergunte: e as pessoas que amei e não morreram em Cristo? Como ficarei, agora que sei que só serão salvos os que se renderam a Jesus? Talvez você pense tanto nisso, ao ponto de colocar isso como “barreira” para se entregar a Cristo. Mas não o faça, não coloque isso como barreira para ser salvo. Antes aceite a Cristo, pregue o Evangelho a quem puder, e lá não se preocupe, não haverá “peso de consciência”, ouvi um professor meu dizer um versículo que consola, já que não poderemos modificar a situação dos que morreram e viveram sem Cristo: “(...) ‘Sim, Senhor Deus todo-poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos” (Apocalipse 15.7 NVI), quem estiver no céu entenderá a justiça de Deus e saberá que o que Ele fez é justo!
         Diante de tão novo clima, como nos lembraremos de alguma morte? Mais creio que sim, foi isso que foi visto na visão de João. Quando a Bíblia chama Jesus de Cordeiro, é apara lembrar-nos do animal que era usado no Antigo Testamento como sacrifício (veja Hebreus 9.1-10). Mesmo no Céu, a Bíblia chama Jesus de Cordeiro para talvez não nos esquecermos de que foi pela morte de Jesus que estaremos lá! E assim como João pelo Espírito foi lembrado, sempre nos lembraremos da morte que nos deu vida: “(...) Ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue, e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a Deus e Pai. A ele sejam a glória e poder para todo o sempre! amém.” (Apocalipse 1.5b-6 NVI).

NA TRINDADE,
Andrei C. S. Soares

(NVI é a abreviatura de Nova Versão Internacional)

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