Minha homenagem a Dom
Robinson Cavalcanti
Não gosto de escrever sobre escritores
sem antes ter lido um livro por ele publicado, porém, o momento pediu para que
eu escreva sobre Dom Robinson Cavalcanti. Com certeza, ele foi um dos maiores
teólogos e líderes do protestantismo brasileiro. E também, a maior voz do anglicanismo em
território Tupiniquim (pelo menos que conheço).
Considero-me uma pessoa de conhecimento
teológico limitadíssimo, por isso posso dizer que Dom Robinson “escrevia coisas difíceis de entender”.
Ao pegar minha Revista Ultimato para ler, não lia logo os artigos feito pelo Bispo
Anglicano. Aliás, foi através de seus artigos na Ultimato que pude conhecê-lo como profundo escritor.
Vi alguns vídeos de Dom Robinson, e
logo pude perceber seu “olhar” com forte crítica social, estilo profetas do
Antigo Testamento Sagrado (Isaías 57.1). Vi também, que sua vida e ministério,
bem como seus discursos, palestras, mensagens e artigos sempre centralizam Deus
e Seu Cristo, nosso Senhor e Salvador. Além, da firmeza doutrinária com fonte nas
Escrituras Sagradas e seu comprometimento na missão integral da Igreja de
Cristo.
Dom Robinson era “dono” de um
verdadeiro amor à instituição do qual fazia parte, a Igreja Anglicana, da qual
fazia questão de falar que era uma igreja engajada na missão, fervorosa de
espírito e distante do poderio da realeza britânica. Exímio protetor da
história da igreja e das tradições entregue aos santos ao longo dos séculos.
Penso que o Bispo da Diocese Anglicana
do Recife, tinha um bom humor e muita aplicação das Escrituras. Sua ironia e
acidez crítica o faziam único. Um apologista amoroso, confiante na ação
sobrenatural do Espírito Santo. E como todos nós, falho, pecador, porém, salvo
na graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Efésios 2.8)!
Mas o que mais me influenciou, foi seu
artigo escrito na Ultimato de
janeiro/fevereiro de 2012: “Conflitos de
símbolos e mandato cultural” (pág. 46-47), que trata de uma tentativa
anticristã, de confinar os cristãos nos ambientes particulares e assim eliminar
qualquer sinal da presença da Igreja de Cristo! Como ele disse no artigo: “O
secularismo quer varrer os símbolos cristãos para varrer nossa presença e
influencia” (pág. 47). Foi devido este artigo que nasceu a logo-marca do Além Blog, uma cruz estilizada, para
marcar presença como um sinal da crença no Evangelho do Cristo crucificado (1
Corítios 1.23).
Por isso meu desejo é que o Espírito
Santo console os familiares, a Diocese Anglicana do Recife, a Igreja no Brasil
e no Mundo, afinal perdemos uma figura que nos fazia lembrar: “de onde viemos,
quem somos e para onde iremos”, respostas essas encontradas em Jesus Cristo.
Ele
e sua esposa dormem no Senhor e nós somos consolados pela Palavra do Espírito: “Não
quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que
não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que
Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os
tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que
nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que
dormem. Porque o mesmo Senhor descerá
do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que
morreram em Cristo ressuscitarão primeiro depois, nós, os que ficarmos vivos,
seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos
ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos
outros com estas palavras.” (1
Tessalonicenses 4.13-18).
NA TRINDADE,
Andrei
C. S. Soares
foto: internet
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