O pentecoste
(figuradamente falando) é o fogo que pegou através do lenho da cruz. A festa
comemorativa das colheitas, era o pentecoste, foi o dia marcado pelo Espírito
para que a Igreja aquecida (capacitada),testemunhasse O Cristo que transforma.
A
mensagem pregada por Pedro é a mensagem da Cruz. A mensagem do Cristo, que
viveu nas terras do Oriente Médio (historicamente), mas do Cristo sempre
existente, do qual é o único caminho possível de salvação (João 14.6; Atos
4.12).
A atitude da
multidão em Jerusalém foi a de decidir, mediante o esclarecimento da Palavra
(“a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus” Romanos 10.17): arrependimento ou
permanência nos pecados. O resultado foi: mediante o convencimento do Espírito
(iniciativa sempre divina, João 16.7-11) e aceitação do povo (“abertura de
coração”, Hebreus 3.15), aconteceu a conversão: “Então, os que lhe aceitaram a palavra
foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.” (Atos 2.41).
Pedro cheio do Espírito Santo, e com um
conteúdo cuja centralidade era Jesus Cristo, apresenta uma ligação sempre
existente entre cruz e pentecoste. Isso nos mostra, um padrão, um caminho a ser
seguido e uma experiência a ser vivida.
Não há como entendermos a cruz de
Cristo sem o esclarecimento do Espírito Santo, e não teríamos como receber o
Espírito, sem o “véu rasgado” (Hebreus 10.20) no derramamento de sangue puro na
cruz do Calvário. Só tem esta experiência quem recebe pela fé a graça de Deus!
Mas infelizmente, para muita gente,
cruz e pentecostes (me referindo ao derramamento do Espírito no dia da festa),
não se combinam. Para muitos não há conciliação entre as duas mensagens, porém,
biblicamente há. Em algum lugar ouvi: “não há pentecostes sem cruz e não há
cruz sem pentecostes”. Sem o poder do Espírito limitaríamos o Evangelho apenas
ao crucifixo pendurado na parede, e sem a mensagem da cruz, o “poder” não seria do Espírito. Os dois se
complementam e estão completamente presente na história da Igreja.
Que em
nossas vigílias, orações, cultos, possamos bradar glórias e honra ao Cristo que
morreu e ressuscitou. Que possamos nos colocar aos pés de Jesus e pedir Seu
poder. Pedir mais do Seu Espírito. Que o fogo da cruz esteja presente em nossa
vida. Agora, amanhã e até a volta do Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo (João 1.29)!
NA TRINDADE,
Andrei C. S. Soares
Fotos da internet.
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