Reciprocidade
no amor de líderes e liderados
2 Co 6.11-13
Na primeira carta aos coríntios, através do Espírito Santo Paulo
repreende esta igreja. Paulo escreve referente a vários problemas, mas com
muito amor e sabedoria vindos de Deus.
Shedd, teólogo cristão, diz que segundo coríntios é escrita, como uma
carta de um “pai” espiritual. Ele defende sua autoridade de apóstolo e
sinceridade para com os crentes desta jovem igreja.
Da
mesma forma, que o apóstolo agiu com sinceridade e amor, os crentes de Corinto
deveriam agir. Há algumas lições que aprendemos aqui em 2Co 6.11-13. E é o que
faremos!
1 lição: Quando temos
o coração aberto amamos nossos liderados (vs. 11-12a)
O apóstolo Paulo
começa a falar neste trecho da Palavra de Deus sobre ter coração aberto. Vemos
aqui, em primeiro lugar, a dedicação de Paulo em amar os crentes de Corinto.
Vemos que o servo de Cristo começa tratando de lábios abertos. Isso representa a sinceridade do apóstolo. Paulo
sempre falou tudo com um amor vindo do fundo de sua alma. Logo mais no cap.
7.3, o apóstolo diz: “Não falo para vos condenar, porque já vos
tenho dito que estais em nosso coração para, juntos, morrermos e vivermos.”.
Logo depois, o servo do Senhor, fala de
coração alargado. Na Bíblia de
Jerusalém (BJ) encontra-se da seguinte forma: “(...) o nosso coração se
dilatou”, ou seja, o coração dele se abriu, ficou maior para com a
igreja. Uma espécie de “porta aberta”, onde todos podem entrar!
No início do
versículo 12 vemos assim: “Não tendes limites em nós”. Vamos
ver como encontramos esta frase em outras traduções. Na BJ, lemos: “(...)
Não é estreito o lugar que ocupais em nós (...)” e na Nova Bíblia Viva,
encontramos assim: “Qualquer frieza que haja entre nós não é por falta de amor de minha
parte, (...)”, o apóstolo estava tranquilo quanto sua dedicação em amar
os crentes de Corinto.
Quem é líder de Igreja em geral,
precisa se dedicar a uma vida de amor. Amar as pessoas é dever de todos nós,
inclusive dos líderes cristãos. Precisamos ter palavras boas às pessoas, como o
Servo do Senhor devemos ter uma língua sábia (vejam Is 50.4). Palavras boas são
sinceras, mas amorosas. Como líderes de jovens precisamos nos dedicar a arte da
boa palavra!
Nosso coração também deve se dilatar
para com todos, para com aqueles que lideramos. Devemos abrir espaço para as
pessoas, e isso devemos fazer com esforço e dedicação, por isso Paulo afirma:
“Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em
honra uns aos outros;” (Rm 12.10; confira também 1 Pe 1.22).
Temos dado bons conselhos, sinceros,
porém amorosos? Será que como líderes, temos amados as pessoas que servimos?
Temos feito do nosso coração uma “estrada” larga para acolher o outro? Que
possamos fazer isso para glória de Deus!
Paulo, ao contrário
de muitos líderes amava seus liderados, mas será que a igreja de Corinto respondia
positivamente? É o que veremos a seguir.
2
lição: Quando temos o coração aberto amamos nossos líderes (vs.12b-13)
Seguramente podemos dizer que toda
igreja desejaria receber uma carta com as orientações de Paulo, suas
preocupações bem como sua sinceridade, são cativantes. Mas, não era o que os
crentes de Corinto achavam. Eles não querem dedicar amor ao apóstolo do Senhor.
Ao contrário, eles estavam “limitados em vossos próprios afetos”.
Se a “estrada” era grande no coração de Paulo para o livre trânsito destes
crentes, já no coração deles só havia uma “trilha” apertada. Voltando a NBV,
encontramos o texto assim: “(...) mas vocês estão limitando o amor que
têm por nós.”, isso mostra que eles poderiam alargar seu coração para o
apóstolo. Eles eram capazes de amar grandiosamente!
No versículo 13, Paulo inspirado pelo
Espírito, chama atenção dos cristãos daquela cidade. Ele os chama para
“pagarem” o amor que receberam. Eles estavam em dívida para com o líder do povo
de Deus, tinham como “quitar” mais uma “parcela” do amor, mas queriam sonegar o
pagamento!
Como um pai Paulo os convoca a uma nova
postura: “(...) dilatai-vos também vós.”, são chamados a abrir, a
alargar seus corações, vejamos 2Co 7.2: “Recebei-nos em vossos corações; a ninguém
fizemos injustiça, a ninguém corrompemos, a ninguém exploramos.”. Eles
deveriam obedecer ao seu “pai” na fé, o apóstolo. Amar é uma escolha, portanto
essa deveria ser uma escolha daqueles crentes em Jesus!
Partido da conscientização de que
amor é uma escolha, então devemos amar! Mas porque conseguimos amar? Vamos até
1Jo 4.10-11: “Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que
ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
Amados, se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros.”.
Devemos abrir o coração para nossos líderes (seja nosso pastor, diretor de
igreja e etc.) enfim, para aqueles que estão à frente do trabalho do Senhor,
vejamos na Bíblia Hb 13.17: “Obedecei a vossos guias, sendo-lhes
submissos; porque velam por vossas almas como quem há de prestar contas delas;
para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.”.
Estimá-los não é somente dizer que amamos, mas é ajudar, é cooperar para o bom
andamento da obra de Deus!
Por causa do amor de Cristo, nós
podemos amar a todos e nesse caso nossos lideres. Os pastores, diáconos e
diaconisas e líderes em geral na igreja. Se não os amarmos estaremos pecando
como nos diz a Palavra (Tg 4.17).
Será o nosso coração dilatado, aberto
para nossos líderes? Ou estamos sempre queixosos deles, o que não é errado se
for por justa causa. Mas não vale a pena ficar o resto da vida lembrando apenas
das falhas dos nossos líderes. Sempre há nas pessoas algo de bom. Não esqueça o
que Jesus disse em Mt 7.2: “Pois, com o critério com que julgardes,
sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também”.
Por isso esqueça o passado, viva com o coração dilatado no presente! Ame
a sua comunidade, ame seu líder!
Chegamos
ao final, entendendo que Paulo amou de maneira autêntica,
verdadeira e profunda os crentes de Corinto. Suas palavras eram sinceras e seus
pensamentos eram profundos. Seu coração era dilatado por eles! Vimos também que
ao contrário do que Paulo sentia, eles não estavam abrindo seus corações, suas
entranhas para amarem o servo de Jesus! E assim foram persuadidos paternalmente
pelo apóstolo a retribuírem o amor que receberam!
Que como líderes amemos de palavra e de
fato aqueles que Deus nos deu para que cuidássemos. E como liderados, que
possamos retribuir o amor que foi dado a nós através das pessoas que Deus
estabeleceu para que cuidasse de cada membro. Deus seja louvado! Que Deus nos
una cada vez mais, para recebermos uns aos outros com graça e misericórdia.
NA
TRINDADE,
Andrei
C. S. Soares
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