Sou
um cara que gosto de música no geral. Gosto de ensaios que preparam um louvor
bem executado a Deus. Tudo isso com a motivação da adoração a Ele. A música é
parte do culto da nova aliança, como Paulo diria pelo Espírito: A palavra de Cristo habite ricamente em vós,
em toda a sabedoria; ensinai e aconselhai uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais,
louvando a Deus com gratidão no coração (Cl 3.16 AS21). A adoração cristã é
embalada pela música.
Antes
que me julguem, já participei de grupos de louvor e mesmo sem saber tocar algum
instrumento, já fui líder de um grupo. E cheguei até certa vez da minha vida,
no começo de minha fé a dizer, quando questionado se deveria pregar: “meu
ministério é o da música, afinal, é o único que nunca irá terminar”. Mal sabia
eu que Deus tinha me chamado para o ministério do ensino.
A
partir deste momento minha ideia de adoração mudou. Vi que para ser adorador
não precisava ser músico. Embora que, todo músico deva ser adorador. Aprendi
que adorar é servir ao Senhor agradando-lhe em qualquer área da igreja ou vida
secular, que traga-lhe glória. Aprendi que adorar tem sua dimensão vertical e
depois que enaltece a Deus, resulta em se importar com o próximo e se
santificar, pois: A religião pura e
imaculada diante do nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas
suas dificuldades e não se deixar contaminar pelo mundo (Tg 1.27).
Um
dia desses ouvi um absurdo. Russel Shedd é teólogo e não é músico, pelo menos
até onde sei, e ouvi alguém dizer que como ele não sendo música, pôde escrever
um livro sobre adoração? Isso me fez pensar, em como as pessoas tem uma ideia
de adoração equivocada. De fato esta opinião, é a de muitos crentes e até
líderes que dizem que só são adoradores aqueles que estão nos grupos de louvor
e nas apresentações em “solo” da vida.
Porém,
biblicamente, todas as pessoas são convidadas a serem adoradoras. Nas palavras
de Jesus: Deus é
espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em
verdade (Jo
4.24 NVI). Segundo o estudioso bíblico F.F Bruce¹ ,
quando Jesus diz essas palavras ele está dizendo que:
“A
adoração espiritual, o culto genuíno, não pode ser limitada a lugares e épocas
especificas. Um culto assim é ainda mais apropriado quando consideramos a
natureza do Deus a quem servimos a quem ele é oferecido (...); o culto no qual
ele tem prazer é espiritual – sacrifício de um coração humilde, contrito, grato
e adorador”.
Em
essência ser adorador de “verdade” é seguir a Palavra de Deus, lutando para que
nossa conduta expresse em nossas atitudes a Palavra verdadeira de Deus.
Seja
você músico, zelador da igreja, pastor ou membro. Seja no templo, em casa, na
escola ou jogando bola. Em seu trabalho e nos seus relacionamentos, que cada
atitude traga glória ao nome de Deus. Afinal, todos somos adoradores do Pai,
por meio de Jesus e movidos pelo Espírito Santo!
NA TRINDADE,
Andrei
C. S. Soares.
¹ Bruce, F.F. João: introdução e comentário. Tradução:
Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1987, p.104.
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