
Nossa
história é bonita. É simples. É miraculosa. Somos uma igreja nordestina,
brasileira, latino-americana. Para ser mais preciso, somos a primeira igreja
pentecostal genuinamente brasileira, por que seu fundador e a igreja como
instituição nasceram aqui em 1932.
Mas,
o que há de mais belo em nossa fundação como denominação, foi o espírito como
tudo foi construindo. Alegro-me em saber que não nascemos de rachas, de brigas,
de apropriação indevida do rebanho de Deus. Não, nós promessistas, nascemos de
uma convicção bíblica de um homem que apesar de abraçar todas as verdades da fé
cristã, sentia-se incompleto, por lhe faltar a experiência com o dom de
línguas.
Quando
a convicção da Escritura lhe foi mais forte sobre o assunto do batismo no
Espírito Santo, separou-se sem estardalhaços dos Adventistas do Sétimo Dia. Foi
em busca da promessa do poder do Alto, a mesma derramada nos primeiros cristãos
de Atos 2. E assim, atendido pela disposição misericordiosa de Deus, recebeu o cumprimento
da promessa de Deus! O mesmo derramamento aconteceu, como na Igreja primitiva,
como testemunhou o próprio Pr. João Augusto da Silveira:
“Ah!
Como a história se repete! Não pedi para ser batizado no Espírito Santo, mas
aquele que prometeu o Consolador aos seus discípulos e o deu lá no Cenáculo e,
posteriormente, à sua Igreja, respondeu à minha oração. Em línguas estranhas e
glorificações ao Pai e ao Cordeiro Exaltado, o Espírito Santo completou em meu
ser a obra excelsa da Trindade.” (Marcos que pontilham o caminho: A História
Continua. São Paulo: GEVC, 2002, p.51)
Neste relato emocionante vivido pelo pastor,
veja que sua experiência está sempre associada com a experiência da Igreja
primitiva. A base do que ele experimentou está construída sobre a Bíblia, não
foi uma doutrina inventada para justificar sua saída da Igreja Adventista.
Essa consciência de ligação histórica com a igreja
cristã, era algo muito sólido na mente de João Augusto, há em outro artigo
escrito por ele, sobre o nome da IAP (na época, Universal Assembleia dos Adventistas da Promessa), menção disso.
Ele disse:
“O
nosso título denominacional traduz justamente o que nós cremos a respeito de
títulos de igrejas. “Universal assembleia”, estas duas palavras, as encontramos
na epístola aos Hebreus 12:23, e cremos que elas nos falam de uma única igreja
de Jesus Cristo na terra, não cremos que ela tem referência a nenhuma das
denominações existentes, e nem mesmo a nós que a adaptamos como um título, mas
antes que ela diz respeito a totalidade dos cristãos em Jesus Cristo de todas
as denominações, os quais tem andado em sinceridade de coração, na luz que tem
recebido. Seria uma incoerência de nossa parte se crêssemos que somos o único
povo de Deus na terra, da mesma maneira afirmamos que, na luz que temos
recebido da palavra de Deus, não podemos dar passos retrógrados (...). (http://portaliap.com.br/2012/05/iap-80-anos-2/
>acesso: 23/01/14)
Nosso
fundador acreditava que aqueles que seguem o Jesus das Escrituras tem caminhado
na vontade de Deus. Longe de ser ecumênico ou um idólatra institucional,
acreditava piamente que a IAP era uma expressão integrante e relevante,
movimenta pelo Espírito de Deus. E neste espírito que devemos comemorar cada
aniversário da IAP, sabendo que juntamente com nossos 82 anos de história
comemoramos mais de dois mil anos de cristianismo. Somos parte do povo de Deus!
Com
estas palavras de João Augusto, aprendemos que não somos uma “anomalia” no
Corpo de Cristo e nem o próprio Corpo de Cristo. Mais uma denominação séria, comprometida
com a Palavra, que tem seus erros, mas tem a presença do Deus que com Sua graça
nos propõem um caminho de santidade para cumprir a missão de ...anunciar as grandezas daquele que os
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1 Pe 2.9 NVI)
NA TRINDADE,
Andrei C. S. Soares
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