
Inconstância.
Eis a palavra que define a vida cristã. Caímos, levantamos, choramos, oramos,
nos arrependemos, pecamos de novo... Inconstantes. É exatamente isso que somos.
Todavia,
lemos os primeiros versículos da carta de Paulo aos irmãos de Corinto. Que
versículos reconfortantes. Corinto seria tratada por Paulo, uma das igrejas
mais complicadas do primeiro século. Imoralidade sexual, brigas, discussões,
problemas de tudo quanto é ordem. Entretanto, o apóstolo os chama de santos.
Prestem atenção ao texto “àqueles que foram
santificados”. Embora os crentes de Corinto fossem extremamente
problemáticos e pecadores, eles já haviam sido regenerados, e passaram a estar
na posição de santos em Cristo Jesus, nosso Senhor!
Quanto
conforto! Quanta alegria! Quanta paz enche minha alma ao olhar pra dentro de
mim mesmo; pecador miserável, homem de impuros lábios, cheio de falhas e
defeitos, pecados ocultos e revelados. A despeito de tudo isso, o texto me
chama de “santificado em Jesus Cristo”. Isso é quase um desabafo de felicidade!
Mesmo eu sendo um miserável, o texto me chama de um cara que já é santo! A Ele
a glória, pelo cuidado conosco.
Porém,
o texto em questão também nos traz um imperativo de não conformidade! Embora já
tenhamos sido santificados por meio do sangue de Nossos Senhor Jesus, somos chamados a ser santos. Não fomos
chamados por e em Cristo para vivermos na prática habitual do pecado. Embora
ocorram inúmeros deslizes, somos chamados por Jesus, Mestre nosso, a viver uma
vida em constante guerra. Guerra mental, contra os desejos impuros e lascivos
do nosso coração. Guerra espiritual, contra as intenções malignas da nossa
decaída natureza.
Contanto
sejamos pecadores em essência, por conta de nossa natureza caída, não o somos
mais de maneira habitual e constante, visto que já fomos libertos do domínio do
pecado. Embora ainda falhemos, e pisemos na bola não fomos chamados a ser
pecadores conformados. Fomos chamados à santificação constante em Cristo Jesus,
oferecendo sacrifícios de louvor ao Pai, por meio da presença poderosa do Santo
Espírito.
Por
fim, esse dilema interior acabar-se-á! Já disse certa pessoa (sinceramente, não
me recordo quem) que já fomos libertos do domínio do pecado, mas que um dia
seremos livres da presença do pecado. Por meio da manifestação de Nosso
Salvador, passaremos a ser impecáveis, no sentido pleno da palavra. Nunca mais
seremos mentirosos, orgulhosos, caluniadores, difamadores, egoístas. Nunca mais
haverão problemas relacionais, nunc mais a carne falará mais alto. Nunca mais
choro, nunca mais dor, nunca mais arrependimento.
Portanto,
consolem-se uns aos outros com estas
palavras. (1 Tes. 4.18)
Jamais se esqueça
irmão: pecadores somos, mas devemos ser “pecadores santos”, ou seja, que jamais
se esquecem que precisam fazer guerra contra si mesmos. Sem perder o foco
futuro, de uma vida de paz, amor e felicidade plenas, na presença do Rei.
Vem, Senhor Jesus!
Em Cristo,
Eric de Moura
Comentários
Postar um comentário