Experiência D



Deus presente no mundo é algo tão forte e claro que todos devem se dobrar. Deus não é uma invenção, não é uma estátua ou uma força que o homem possa se dar ao luxo de dizer que foi ele que o criou. Deus é um ser auto existente puramente independente, mas que deseja de forma ardente se revelar ao homem. E só ele revelando-se ao homem para este o encontrar.
Num texto de Jonh Sherman, Burber é alguém (pelo mesmo foi o que entendi) que está a busca de Deus, e o percebe na imensidão do universo. O veículo cuja possibilidade de encontrar a Deus, segundo Buber é através do diálogo que temos com Deus, que acredito ser, pela Escritura, através da oração. Não a mecânica, as rezas religiosas, mas na experimentação de Deus em Cristo, na convivência diária com Jesus através de uma vida de oração.
O texto nos chama para andarmos atentos a voz de Deus; a fala de Deus agindo diferente, contrariando os mandamentos religiosos e a tradição, isso é uma verdade, porém, não deve entender-se que Deus se desconectará de sua Palavra, não, Deus sempre falará por meio daquilo que revelou: em Jesus, que é a Palavra encarnada, e na Bíblia que é a história de sua encarnação, Deus fala!
O texto mostra que conhecer a Deus é ouvi-lo e comunicar-se com Deus é muito mais que participar de celebrações e ritos, mas é deixar-se influenciar por Deus, que em sua Palavra, a Bíblia mostra a trilha correta para caminhar (Salmo 119.105), seguindo a Jesus Cristo, O Caminho (João 14.6). A experiência de Paulo, mostra um encontro com o Jesus Ressuscitado. Saulo conhecia a Deus de ouvir falar, como Jó, mas não havia experimentado a Deus em sua vida. Quando o encontrou, na experiência do caminho a Damasco em Atos 9.1-20, Cristo o encaminhou para uma verdadeira experiência com Deus. O comissionou para levar a boa nova, para que muitos outros pudessem experimentar Deus, na face iluminadora de Cristo, que está acima de religiosidade, mas que não deixa de incluir-nos em uma vivencia comunitária, que o próprio Cristo chamou de Seu Corpo, a Igreja.
Depois deste encontro transformador com Jesus, Deus não seria mais para Paulo um simples “ele”, como nos fala o artigo citado, mas passa a ser um caloroso “Tu”. Deus é companheiro de caminhada e revela-se para Paulo como o Deus que armou uma tenda no meio do povo. Deus então é encontrado nas relações cotidianas. Há traços divinos nos relacionamentos humanos. Mas de fato isso se tornará em uma profunda intimidade com o Criador, quando este alguém encontrar-se com o Corpo místico de Nosso Senhor, a Igreja feita por Ele e que o celebra na vivencia do evangelho, por pessoas resgatadas por Sua morte e ressurreição.

NA TRINDADE,
Andrei Sampaio Soares

Comentários