Em primeiro lugar, futebol não é tudo na vida!
Mas
que mexe com o coração, isso é verdade. Não que precisei desta Copa para pensar
nisso, nem da derrota do Brasil para a Alemanha para entender tal verdade. Não!
A
vida segue depois de um jogo, ganhado ou perdido, porque a vida não dura os 90
minutos, mais dura geralmente mais e por isso ela é mais que qualquer
competição esportiva.
A
emoção de uma Copa, no dito “país do futebol” causou em muitos de nós os mais
diversos sentimentos. Eu comecei a pensar na Copa por uma questão política.
Foram nas manifestações do ano passado que me vi mais confrontado com os gastos
que saíram das previsões tanto da FIFA como do Governo Brasileiro. Isso
justamente me leva a um segundo ensinamento.
Em
segundo lugar, os gastos com a Copa no Brasil nos ensinam a pensar sobre como
investimos nossos recursos!
Foram
mais de 30 bilhões de reais. A revolta da maioria dos brasileiros nas
manifestações surgiu pelo histórico quadro crítico tanto da educação como da
saúde. São anos de abandono em várias áreas importantes carentes de
investimento, que tiveram sua substituição pelos investimentos no mundial de
futebol.
Agora
o que restam são estádios gigantescos e belos, com altos investimentos de
manutenção e alguns deles, como o de Manaus e Brasília, sem perspectivas de
serem de fato usados em sua capacidade total e sem grandes eventos para
sediarem.
Além
dos estádios, obras inacabadas e mal feitas, como o viaduto que desabou em Belo
Horizonte, tirando a vida de pelo menos duas pessoas, aliás, podemos até dizer
que tivemos “mártires” nessa Copa, foram oito operários mortos na construção
dos estádios. Ainda ouve pessoas que ficaram sem casas devido à construção de
empreendimentos.
É
claro que algum legado fica daquilo que foi construído e funcionou, mas temos
um planejamento mal elaborado histórico que norteia as planilhas dos governos deste
país. Não é coisa só do atual governo, mas parece está impregnado no estilo de
governo de nossos políticos.
Me
lembrei até daquele versículo que está num contexto de salvação, mas nos faz
pensar até que ponto os gastos da Copa vão trazer de fato benefícios à nós: Por que
gastar dinheiro naquilo que não é pão e o seu trabalho árduo naquilo que não
satisfaz? (Isaias 55:2a). Tanto socialmente como individualmente precisamos
pensar em como investimos nossos recursos.
Em
terceiro lugar, o jogo de bola é coletivo não individualista!
Saindo
de um lado mais político e financeiro, pensemos na competição em si. A mídia
tem sempre valorizado as estrelas dos times. O problema é que futebol embora
seja feito de bons jogadores é um esporte coletivo. Deve ser um “time de
estrelas”! Mesmo diante de suas competências: Neymar Jr., James Rodriguez, Luis
Suárez, Messi e etc., não são o time todo!
Eles
são exemplos de grandes jogadores, mas não suplantam o time todo. E por falar
nas estrelas dos times, achei interessante um comentário de um “amigo” do
Facebook, que escreveu sobre não girar nossa vida em torno dessas
personalidades. Embora Neymar seja um grande jogar e David Luiz que foi um
exemplo em campo, cada pessoa tem seu valor e capacidade, não podemos trocar
nossa vida pelo excesso de admiração em torna desses craques.
A
vitoriosa Alemanha mostrou a importância da coletividade, do entrosamento, do
trabalho a longo prazo e da simpatia. O que lhes trouxe a final da Copa, e a
vitória por 1 a 0 em cima da Argentina, que também mostrou um bom futebol por
chegar na última partida, foi o empenho coletivo. Podemos dizer que a Copa do
Mundo 2014 conquistada pela Tetracampeã Alemanha é uma Copa que vem sendo
jogada á mais de seis anos.
Isso
nos ensina a sermos mais unidos como cristãos e juntos trabalharmos no “Time de
Cristo” para vencermos nosso adversário (o diabo) e trazer pelas habilidades do
Espírito, concedida pela graça de Deus a nós, “novos jogadores” para o “Time”
mais que vencedor! (a Igreja) (1 Co 12.12-27).
Em
quarto lugar, a recepção aos estrangeiros nos lembra o “mandamento da
hospitalidade”.
Vale ressaltar, que infelizmente
tivemos focos de exploração infantil e outros tipos de prostituição que
existiram. Segundo denuncia do programa de TV “Conexão Repórter” do SBT,
pacotes de viagem eram vendidos incluindo prostitutas aqui no Brasil. Embora esta
realidade triste, tivemos muitas instituições, inclusive cristãs levantando a
bandeira contra a prostituição infantil.
Fora isso, a recepção dos brasileiros me
alegrou muito. Pensava que seria diferente. Mais graças a Deus, demos conta do
recado. Com simpatia e acolhimento, os estrangeiros foram mais que recebidos,
foram abraçados e respeitados.
Isso
é como uma parábola para nós cristãos, que nos lembra da “doutrina da
hospitalidade”, aquela que nos ensina a acolher as pessoas em nossas casas.
Como em Romanos 12.13 (BV) diz: Quando os filhos de Deus
estiverem em necessidade, sejam vocês os primeiros a ajudá-los. E criem o
hábito de convidar hóspedes para jantar em suas casas; ou, se precisarem passar
a noite, dêem-lhes pousada. E em Hebreus 13.2 (BV): Não se esqueçam de ser bondosos com os
estranhos, porque alguns que fizeram isso hospedaram anjos sem percebê-lo!
Em quinto lugar, a vida segue!
A Copa acaba e acaba muito da empolgação. Mas não é preciso acabar os
almoços juntos, a oportunidade de estarem reunidos e o bom humor nas redes
sociais. O mundial acabou, mas a vida segue, as emoções seguem.
Podemos trazer conosco alguns sentimentos para nossa vida:
se tivermos as mesmas expectativas que tivemos antes dos jogos para outras coisas
da vida, como: conversar entre família, participar dos cultos no espaço em que
a igreja se reúne; dos pequenos grupos e em grupos de estudo bíblicos; encontrar
os amigos e etc. Estará sempre “jogando bem”!
A vida segue. A Copa só foi um grande evento. A nossa
jogada na vida é o que conta. A verdade é em quem temos posto nossa esperança. Como
aprendi e um livro promessista distribuído
no entorno do Itaquerão, da FIFA Fan Fest
e de igrejas locais, para se fazer uma grande jogada devo depositar minha fé no
Salvador! É isso!
NA
TRINDADE,
Andrei Sampaio Soares.
Imagem: Internet
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