Eleição²

Este ano, é daqueles que serve para emocionar nosso coração. Diversos acontecimentos tem servido para emocionar-nos. Seja de caráter pessoal, ou social, com toda certeza temos muitas emoções a contar. Neste texto em especial, queria falar desta eleição, que tem sido uma das mais peculiares por várias razões.
            Tivemos a morte de Eduardo Campos, um terceiro candidato a presidência da República, que desejava ser uma via importante para uma nova visão de país. Sonho interrompido por um acidente de avião, que acabou com a vida dele e de outras pessoas que estavam a bordo.
            Até um dia antes, a candidata petista Dilma, esta confortavelmente em primeiro lugar, e possivelmente Aécio do PSDB, em segundo lugar, mostrava a manutenção da “velha” polarização. Mas, depois do acidente, com a colocação de Marina Silva no lugar de Eduardo Campos, as coisas mudaram. A eleição se tornou mais emocionante. Marina ficou na frente de Dilma nas pesquisas de opinião, tanto no primeiro como no segundo turno. O que indicaria um possível segundo turno, que pela primeira vez depois de várias eleições de polarização entre PT e PSDB, traria uma opção diferenciada.
            Marina trouxe a tona algumas ideias que marcaram a eleição, como: a ideia de um “programa de governo”, mais detalhado (que lhe custou cada linha); a “nova política”, a ideia de governar com os melhores de cada partido e de ouvir mais a sociedade; uma economia mais sustentável, com fontes de energia renováveis e etc. a ideia era um debate de ideias que não deu certo para uma política ainda muito pragmática. Rapidamente Marina foi desconstruída tanto por Dilma, como por Aécio, provocando assim, o enfraquecimento de sua candidatura no final do primeiro turno.
            A polarização PT/PSDB retornou, e o Brasil se viu novamente diante de um segundo tuno entre tucanos e petistas. A campanha de segundo turno se viu marcada por troca de acusações e ofensas pessoais. Dilma lembrava do pesadelo da fome e da falta de política sociais no governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), já Aécio, apontava os esquemas de corrupção no governo Dilma, principalmente na Petrobras. Até familiares dos dois candidatos foram colocados no meio do jogo.
            Bom, as propostas e ideias foram colocadas com menos entusiasmo que as acusações. Dilma promete “um governo novo, de ideias novas” e Aécio se coloca como “a mudança que o Brasil espera”. Seja quem for, resta-nos orar, refletir nos projetos de cada candidato e votar na proposta mais equilibrada, menos perniciosa a fé cristã, e mais socialmente justa. Até domingo podemos “trocar umas ideias” com o Presidente do Universo, orar pela nação, pelos candidatos, pelos candidatos que estão disputando o segundo turno nos estados também, e continuar contribuindo de maneira diária com a política. Estamos na polis, e precisamos continuar acompanhando não só a “face” eleitoral da política, mas também, os mandatos de quem elegemos e cobrar-lhes que desenvolvam seus mandatos para o bem comum.
Que a Igreja ore pelos políticos, reflita em seus projetos. Que como cidadãos do reino e da mundo, possamos influenciar aqui na terra, de acordo com a vontade que é feita no céu, até que o Senhor venha (Tito 2.13).

NA TRINDADE,

Andrei Sampaio Soares.

Imagens: internet. 

Comentários