As palavras "vaso",
"varão", "mistério", "fornalha",
"cova", "barquinho" lhe são familiares? O que elas lhe
trazem à mente? Quais os conceitos embutidos nestas expressões tão usuais e
comuns?!
Pois bem, quero refletir hoje
sobre uma língua muito falada no Brasil atualmente: o "evangeliquês".
Esse dialeto paralelo permeia os púlpitos, casas e a vida dos
"crentes" e traz agonia na alma de quem não é convertido.
O que pensaria um visitante
quando chegasse na igreja e ouvisse o pastor dizer: "Na tempestade da Tua
vida, Jesus te faz andar sobre a água"? Se não houver uma explicação bem
feita dos textos bíblicos, qualquer aplicação ficará deficitária.
O mesmo se
aplica às músicas evagélicas... O gospel virou um subproduto do mercado musical
e está recheado de expressões que não comunicam nada, em absoluto, àqueles que
não fazem parte do "mundinho" dos crentes.
A ditadura do evangeliquês saiu das
áreas da sintaxe e da morfologia e partiu para todas as esferas da vida. Criou
um submundo, com moda, músicas, locais e até humor próprios.
Enquanto isso, os que ainda não
tiveram o privilegio de conhecer a Cristo estão perecendo, achando-nos loucos
fanáticos vivendo num mundo à parte.
Mas não é bem essa a ideia de Jesus,
quando (segundo aprendi com um grande amigo) Ele ora por nós, em João 17.15:
"Nao peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal".
Jesus espera que a Sua comunidade
faça diferença no ambiente onde está inserida, não que se isole... Ele espera
que ela impacte a sociedade, transforme as pessoas e não que viva em um
clubinho gospel.
Vamos seguir a vontade de Jesus?
Menos evangeliquês, por favor?!
Em
Cristo,
Eric de
Moura
Imagem: internet
Comentários
Postar um comentário