O caminho da adoração passa pela Encanação de Cristo (parte 2)


Hebreus 10.20-“pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne,”

A primeira aliança tinha um santuário terrestre: o tabernáculo. Este local era divido basicamente em dois, como já mencionado. A primeira parte era: o Santo Lugar, “onde estavam o candeeiro, e a mesa, e a exposição dos pães,” (v.2). Neste lugar entravam os sacerdotes, “para realizar os serviços sagrados” (v.6c).
Entre o Lugar Santo e o Santo dos Santos, ficava o véu ou a cortina, como Deus disse a Moisés: “-Faça uma cortina de tecido feito de linho fino e de fios de lã azul, púrpura e vermelha e bordada com figuras de querubins. (...) A cortina separará o Lugar Santo do Lugar Santíssimo” (v.31 e 33c-NTLH). Esta cortina separava este dois espaços.
A segunda parte era: o Santo dos Santos, era separado do Lugar Santo por um segundo véu. (v.3). Nesta parte havia: “(...) um altar de ouro para o incenso e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, o bordão de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança; e sobre ela, os querubins de glória, que, com a sua sombra, cobriam o propiciatório”. (v.4-5). Aqui, só “o Sumo Sacerdote, ele sozinho, uma vez por ano” (v.7) entrava para oferecer sacrifícios. Este era uma espécie de “cenário” para que se oferecessem sacrifícios a Deus. 
Quando Jesus morreu, na cruz do Calvário, “(...) o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo.” (Mc 15.38). Isto era um indício de que o caminho a Deus estava aberto por intermédio do sangue de Jesus. De alto a baixo, um indicativo da ação divina!
Isto nos dá uma nova esperança, baseada nas promessas perfeitas de Deus (Hb 6.16-18). Esta esperança é para nós: “(...) âncora da alma segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” Visto que o Santo dos Santos era o lugar da manifestação da presença de Deus, hoje podemos está diante de Deus por meio do que Jesus fez, por ocasião de Sua morte.
A carne de Jesus, o Seu sacrifício, a Sua humanidade é o caminho para que nós, seres humanos, confiantes na suficiência do sacrifício de Jesus entremos na presença do Pai. Por isso que cremos que Jesus veio em carne, pois ela foi rasgada por amor a nós.
Por isso Jesus foi ferido na cruz para nos abrir este caminho a Deus, como diz Isaias 53.5: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pela suas pisaduras [ferimentos] fomos sarados.”.
O caminho é novo. Pertencente a Nova Aliança. É o meio aceitável por Deus para chegar a Sua presença. O novo caminho está aberto por Jesus, como nos diz Hb 9.12: “não por meio de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção”.
O caminho é vivo. É através da ressurreição de Jesus que temos acesso ao Pai.  Paulo, aos Efésios 3.12-13 diz: “segundo o propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor, pelo qual temos acesso com confiança, mediante a fé nele.”. Shedd, diz a respeito do novo e vivo caminho: Novo (...), “recentemente morto”. O caminho não é mais por sacrifícios (como a missa), mas pela vida do Cristo ressurreto (...)”. Kistemaker diz: “O adjetivo vivo significa que o caminho que Cristo abriu para nós não é uma rodovia sem saída: Uma rua fechada. Antes, essa rodovia nos conduz à salvação, à própria presença de Deus”¹. Adoremos Jesus, o novo e vivo caminho a Deus-Pai.

NA TRINDADE,
Andrei Sampaio Soares. 



¹ P.402. 

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