O caminho da adoração passa pelo sacerdócio de Cristo (Parte final)


Hb 10.21: “e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus,”
O capítulo 16 de Levíticos, como já falamos, fala do dia da expiação. Era a festa da purificação, do perdão. Era dia de grande expectativa para Israel, pois o Sumo Sacerdote os representaria diante de Deus e traria paz sobre Israel. Era feriado em Israel não poderiam fazer nenhuma obra (v.29). Era dia de afligir a alma, ou seja, de jejuar (v.30).
O Deus de Israel, fala a Moisés, sobre este dia em Lv 16.34,: “Isto vos será por estatuto perpétuo, para fazer expiação uma vez por ano pelos filhos de Israel, por causa dos seus pecados. E fez Arão como o SENHOR ordenara a Moisés.”. Shedd comenta sobre o dia da expiação: hoje é chamado de Yom Kippur. Foi celebrado no dia 10 de Trishi (set/out). O sumo sacerdote entrava duas vezes no Santo dos Santos; a primeira vez para expiar seus pecados e a segunda para os do povo¹.
No Santo dos Santos, só entrava o Sumo Sacerdote. Novamente vejamos Hb 9.7: “mas, no segundo [Santo dos Santos], o sumo sacerdote, ele sozinho, uma vez por ano, não sem sangue, que oferece por si e pelos pecados de ignorância do povo”. Esta era a missão do Sumo Sacerdote.  Algumas características do Sumo Sacerdote. Em primeiro lugar, o Sumo Sacerdote oferecia sacrifícios pelos seus pecados, ou seja, eram homens pecadores, como nos diz Hb 7.28a: “Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos a fraqueza, (...)”.
Em segundo lugar, estes eram mortais, Hb 7.23: “Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são impedidos pela morte de continuar;”. Em terceiro lugar, “o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio” (Hb 9.25b).
O Pr. Valdeci Nunes, comentarista de nossas lições diz sobre o sacerdócio: “O sacerdote era, no ministério levítico, o representante do povo de Deus, (...). Era o sacerdote que levava a Deus as necessidades do povo a Deus, cabendo-lhe, ainda, o dever de interceder por este”².
Cristo é o Grande sacerdote da casa de Deus! Ele é o sacrifício e é sacerdote. Jesus é o sacrifício eterno e perfeito, Hb 9.26b-28: “(...) agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. (...) também Cristo, tendo-se oferecido uma só vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez , sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.”.   Jesus não oferece sacrifício, pois é o sacrifício, e por não ter pecados, pois é Santo! Ele não entrou no Santo dos Santos com sangue alheio, mais com Seu Sangue puro!
Jesus é sacerdote eterno! Por isso é superior ao dos levitas (Hb 7.4-10). O salmo 110.4, fala a respeito de Jesus: “O SENHOR jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.”.
Em Gn 14.18-20 e No cap.7 de Hebreus podemos conhecer mais sobre Melquisedeque, Rei de Salém.  Melquisedeque ao encontrar Abraão, traz pão e vinho (Gn 14.18), os mesmos elementos usados por Cristo na Ceia. Ele abençoa Abraão (Hb 7.1), e Abraão lhe dá o dízimo (Gn 14.20). Mas afinal, quem era Melquisedeque? “(...) era sacerdote do Deus Altíssimo.” (Gn 14.18c). O vs.2 e 3, do c.7, nos informa: “(...) (primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, rei de paz; sem pai, nem mãe, sem genealogia; que não teve princípios de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote perpetuamente.”. Ele é tipo de Cristo!
O sacerdócio de Cristo é eterno e perfeito. Pois: “(...) a palavra do juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre.” (Hb 7.28b). Apesar de sua perfeição porque Ele é Deus, Cristo por ser homem, pode nos auxiliar em nossas fraquezas, “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.”. (Hb 4.15); “pois ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão.” (Hb 2.16). Jesus nos socorre nos nossos pecados.
Hoje, ele está no céu, e houve nossas orações, particularmente falando, e recebe nossa adoração, levando-as a Deus-Pai: “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” (Hb 9.24).
Partindo para o final, o autor dos hebreus, depois de explicar que todos podemos está no Santo dos Santos, mostra como podemos está diante de Deus. Hb 10.22: “aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura”. Por causa da cruz de Cristo, podemos está na presença de Deus. E assim adora ao nosso Deus e Pai.
Somos chamados a guardar as promessas de Deus, v.23, c.10: “23-Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.” E a viver uma vida em comunidade: Vs.24 e 25: “24-Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. 25-Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.”
Não necessitamos de: grupos de louvores, pastores, apóstolos, missionários, para orarmos e adorarmos a Deus. Para fazer mediação entre nós e Deus, já temos um “(...) Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,” (1 Tm 2.5). Mas precisamos do grupo de louvor, pastores, diáconos e diaconisas e membros em geral, pois todos, somos o Corpo de Cristo. Não deixe se reunir com a Igreja. Somos a Igreja de Cristo. Somos sacerdócio real (1 Pe 2.9). “Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus,” (Hb 3.1). Deus nos abençoe!
                        





¹Shedd, Russel. Bíblia Shedd. São Paulo: Vida Nova, 1997. P: 1716. 
²Oliveira, Valdeci Nunes. In Lições Bíblicas - Jesus, vida e obra. São Paulo: 4ª trim. 2007. P: 94.
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