As
“varinhas” não precisam de muito poder de convencimento como eu precisaria para
te convencer do meu ponto de vista. As “varinhas mágicas” são condições de
satisfação aparente de desejos extremamente íntimos e pessoais de nossa própria
natureza mal intencionada. Em sua saga fabulosa (Harry Potter¹),
Rowling traça um intento ousado. Seu personagem principal (Potter), Vive uma vida inteira preso a
uma natureza, da qual o limita a ser exatamente bom, uma prisão condicional que
o leva a escolhas; ora boas, ora péssimas. Esse link é importante, pois muitas
de nossas escolhas também parecem ser reflexos dessa condição natural da qual
estamos ligados até o final de tudo. Sei que é possível considerar que o buraco
existente em nosso viver existencial enquanto humanos, as perguntas
irrespondíveis, a fome que parece imatável, provem dessa condição humana “Potteriana”.
Se
as “varinhas mágicas” neste texto procura entender-se como propostas falíveis
de satisfação pessoal, a busca por elas nada mais são do que o desejo
esfomeado de viver através das
“vitrines”: espaços, momentos ou até mesmo um estilo de vida que me coloca como
alvo das atenções; uma condição que parece desobstruir minha necessidade de
realização pessoal. Mas desejos são ilusórios. A aventura de desejar e desejar
será sempre um caminho duvidoso e perigoso. Dostoievski disse: “O coração
humano tem um vazio [exatamente] do
tamanho de Deus. A estratégia Luciferiana
moderna é a mesma de Sempre: “O Diabo
[tentando ser convincente] mostrou-lhe os reinos da terra e seu fascínio.
Então, fez a proposta: “Tudo isso é meu. Basta que você me adore, e tudo será
seu” (Mateus 4.8-9 AM) Concordo com Kivitz quando descreve esse cenário
aventureiro em busca da satisfação: “Somos ensinados a cada dia a olhar para as
vitrines, somos bombardeados com ofertas de coisas que podemos comprar ou
possuir na perspectiva de satisfação de nossos desejos”.
A
resposta imperativa de Jesus “Adore ao
Senhor teu Deus, e só a Ele preste culto” é também a resposta para nós de que
as “coisas” disponíveis nas gôndolas do caminho dos desejos, não poderão encher
o buraco vazio de nosso coração. Somente aos pés de Cristo em reconhecimento à
única Vida e Saciedade completa, é possível encontrar mudança e sentido; razão
e respostas.
Em Cristo
Marciel Diniz
¹Represento alguns nuances da Fábula Harry Potter de J.K. Rowling, como meramente pretexto ilustrativo
às verdades profundas inseridas no contexto existencial humano.
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