“As Crônicas da Varinha Mágica”: O Poder Maior


“Disse Dumbledore a Harry: Ele não sabia que você teria o poder que o Lorde das trevas desconhece!” Esse trecho surreal da Saga de J.K. Rowling, é enigmático ao mesmo tempo revelador para o nosso mundo real. Diante das reflexões que construímos até aqui, tanto enxergando um pouco mais de nossas motivações quanto nossa condição humana pecadora, somos ainda tentados a desanimarmos. As motivações egocêntricas e os desejos humanos igualmente egoístas, parecem engolir ou varrer de nossa existência tudo o que sege honesto, altruísta ou “outrocêntrico”. A resposta mais animadora da qual o texto surreal acima nos empresta e muito mais o evangelho, é a de que temos o maior poder do mundo!
Passo a lhes mostrar um caminho mais excelente [...] Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine [...] Assim permanecem estes três: A fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.”[1Coríntios 13:1,13] Fica bem claro que Paulo, o Apóstolo, está se referindo ao Amor como pessoa, a pessoa de Cristo, Amor aqui é Agape [Gr.], o amor puro, perfeito e divino. Para a história irreal de Rowling e principalmente para o Evangelho, o único poder que pode vencer a maldade e o egoísmo, a inveja e a vanglória, a injustiça e as trevas deste mundo, é O AMOR, Jesus de Nazaré. Tem o poder de vencer o mundo e a si mesmo, quem depende do verdadeiro Amor, quem vive “Não pelos seus próprios olhos, mas pela fé no filho de Deus que nos amou e se entregou por nós” [Gl.2:20]. É aqui, na busca por este Amor pessoalizado em Jesus, que temos a chance de esperar por dias melhores ainda que os desejos e motivações humanas se diluam em densas trevas. Deste modo descobrimos a verdadeira satisfação enquanto filhos de Deus, viver em, no e pelo Amor. Esse fato é explicado na condição de sermos imagem e semelhança de Deus, e assim como ele, nossa satisfação deve estar em amar. Quando se aproximamos dos outros assim como Deus em Cristo se aproximou de nós, e nos repartimos ou doamo-nos em ajuda desinteressada, em assistência desprendida; sentimo-nos como se a vida parecesse assim fazer sentido, como se estivéssemos funcionando bem.
Se você perguntasse a um carro se ele é feliz e tal pudesse responder, lhe diria: “Sim sou satisfeito, transporto as pessoas adequadamente, funciono pelo propósito a qual fui criado”! É assim que nos sentimos quando amamos em atitudes (Como Cristo o fez), servindo e funcionando pelo propósito adequado: Adorar àquele a quem devemos nossa existência [Deus], e nos doarmos em dedicação aos outros como a nós mesmos.

Em Cristo

Marciel Diniz.

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