Sem dúvida, o maior mandamento da Bíblia
é o amor. Este amor que Jesus mandou ter a Deus e ao próximo (Mateus 22:37-40),
é um amor que envolve a vivencia do resumo da Lei nos Dez Mandamentos (Êxodo
20), onde ser vê claramente a necessidade da concretude deste ato que Jesus
requer daqueles que o buscam. Logo, ser discípulo de Jesus envolve obediência a
sua palavra: adoração exclusiva a Deus, não fazer ídolos para si, não usar de
maneira enganosa o nome de Deus, guardar seu dia sagrado, o sábado; honrar pai
e mãe; não matar; não adulterar; não furtar; não dizer coisas enganosas a
respeito do próximo e não cobiçar nada do próximo (Êxodo 20.1-17); vivendo
estes valores podemos caminhar num estilo amoroso de vida.
Quando orava por seus discípulos, de
todas as épocas e lugares, oração esta conhecida como “oração sacerdotal”,
registrada em João 17, Nosso Senhor, pediu ao Pai que todos aqueles que cressem
nele, pudessem ser um, como ele era um com o Pai (v.21). No sentido, é claro,
de essência, de propósitos de qualidades. O modelo da comunhão dos filhos de
Deus sempre será o Trino Deus, que demonstra nas páginas das Escrituras, um
belo relacionamento, entre as pessoas divinas.
Nesta mesma oração em que Jesus pediu
para que seus discípulos fossem um, Ele faz pedidos para que estes discípulos
fossem unidos e santificados por Deus. E pedi para que Deus os santifique por
meio da palavra (Jo 17.17), afinal, a palavra de Deus é o fator determinante
que nos une. Somos irmãos por acreditarmos no Cristo da Palavra, é isso que
norteia nosso relacionamento (v.8).
Na Bíblia, relacionamento nunca está
desassociado de doutrina. Não é possível ter comunhão com quem não tem a mesma
fé. Não há como considerar um irmão de fé, aquele que não confessa os pilares
mais distintivos do cristianismo, como: a Trindade, a Bíblia, Jesus (100%
homem, 100% Deus) o pecado e etc.
Isso é comprovado pelo tipo de
cristianismo vivido na igreja primitiva. Em Atos 2, Lucas nos revela que: ...perseveravam
na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas
orações. Prestou atenção: a perseverança na doutrina e na comunhão estavam
lado a lado, pois as duas não são excludentes, mais complementares. Saber
doutrina sem se relacionar, cria crentes insensíveis e arrogantes, e os relacionamentos
cujo fundamento não é a Palavra, cria crentes que podem praticar as piores
heresias e aberrações doutrinárias.
Ao escrever a igreja presente em
Éfeso, Paulo mostra como a crença andava junto com a comunhão, a ponto de ser a
métrica dos relacionamentos: até que
todos alcancemos a unidade da fé e do
conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida
da plenitude de Cristo. (Efésios 4.13) Devemos ser um e conhecedores do Filho
de Deus. O que nos identifica como irmãos em Cristo são estes dois
importantes detalhes do cristianismo: doutrina e prática; relacionamento e
teologia.
João falou algo importante sobre
relacionamentos teológicos: Nós lhes
proclamamos o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham comunhão
conosco. Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. (1 João
1.3) note: a comunhão com os apóstolos, a vivência da igreja era definida por
sua crença no Jesus Deus e homem. O que nos faz irmãos e determina que temos
verdadeira comunhão é a fé no Filho de Deus, que não é só intelectual, mais
prática, cheia de bons frutos.
NA
TRINDADE,
Andrei
Sampaio Soares.
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