A esperança sobrenatural (Is 32.15-20)
O fechamento do capítulo é animador.
Isaías parece voltar seu olhar para uma era futura. A situação de crise muda,
por uma ação de Deus. O Eterno intervém e tudo muda: até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto, e o deserto se
torne em campo fértil, e este seja conhecido como um bosque. (Is 32.15). O
cenário de calamidade é mudado pela presença de Deus. O Espírito vem: e o deserto se transforma em bosque. A
sequidão dá lugar à vida. O que estava morto volta a viver. Paz, justiça,
sossego e segurança (vv.17-18). O verso 19 quebra o clima de tranquilidade e
tem várias possibilidades: uma promessa de destruição da Assíria; pode ser a
destruição do orgulho israelita para a restauração da justiça; ou, apesar das
desolações, o povo será poupado por Deus.
Na era
messiânica o Espírito Santo é apresentado como água. Que produz mudanças
radicais e profundas, naquele que crê no Messias, Jesus Cristo. Para mulher
samaritana Cristo ofereceu a “água viva” (Jo 4:10-14); no final da festa dos
tabernáculos, em João 7.37-39, ele disse ter água para saciar a sede dos
espiritualmente secos, numa figura que João associa ao Espírito; Lucas em Atos
2.17, explicou que finalmente ele fora derramado sobre o povo, mudando tanto
individualmente , como comunitariamente, indicando uma proximidade do tempo
completo de paz, na vinda do Reino de Deus plenamente.
O
que aprendemos?
1)
Há esperança de um reino futuro justo e que promova o bem a todos. Enquanto ele
não vem, devemos ansiar por ele, vivendo seus valores e promovendo suas
mudanças, pois a igreja como modelo de nova humanidade, ensaia e sinaliza as
mudanças eternas que ocorrerão por causa da volta de Jesus. Nossa oração é: Venha o Teu Reino e faça-se a Tua vontade
(Mt 6.10);
2)
As crises por quais passamos sempre nos ajudam a verificar se
de fato nossa fé está em Deus. Nossa fé não deve depender das circunstâncias,
pois estas são incertas; mas deve estar em Deus, pois este é eterno, nunca
muda! (Hb 13.8);
3)
Crer em Jesus, nos torna filhos de Deus e participantes do
Espírito (At 2.38-39). Aqueles que tem fé no Jesus das Escrituras tiveram suas
vidas molhadas pela"chuva"do Espírito, e podem desfrutar de paz, justiça e
segurança espirituais, e promove-las em suas famílias, escolas, trabalhos,
lazer e etc. e aguardar, novos céus e nova terra, onde habita a justiça (2Pe
3.13).
Nossa
oração: Mesmo sendo habitados pelo Espírito, as crises, doenças,
pecados e desesperanças são como “fabricantes de deserto” em nossa vida. Às
vezes, nossa alma se torna um “Saara espiritual”; por isso, nada melhor que
orarmos: “Senhor, transforme o meu deserto em bosque. Faça surgir torrentes de
águas, em meio à sequidão. Derrame sua chuva, seu Espírito em mim”. Tanto os
que já têm o Espírito, como os que não receberam Jesus em seus corações, podem
experimentar pela fé as ações do “Transformador de realidades”.
NA TRINDADE,
Andrei Sampaio Soares.
Bibliografia:
Comentário Isaías. São Paulo: Cultura Cristã.
Comentário Proféticos. Santo André: Geográfica
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